FUTUROS TÉCNICOS!


sexta-feira, 28 de setembro de 2007

XI Feira Pan-Amazônica do Livro abre nesta sexta com espetáculo da Missa Cubana

Nesta sexta-feira (28), acontece a abertura oficial da XI Feira Pan-Amazônica do Livro. A cerimônia será realizada no auditório do Hangar - Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, às 19h. O evento contará com as presenças da governadora Ana Júlia Carepa, do secretário de Estado de Cultura, Edílson Moura e outras autoridades, além do embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Juan Mosqueta. Na oportunidade, a Diretoria Regional dos Correios fará o Lançamento do Selo Alusivo à XI Feira Pan-Amazônica do Livro, no estande da Secretaria de Cultura (Secult), durante a visita que os participantes farão à Feira.

Após a visita, o público acompanhará o espetáculo de abertura, que será uma apresentação da famosa "Missa Cubana" interpretada pelo Coro da Fundação Carlos Gomes, sob a regência da maestrina cubana Maria Antonia Jiménez, e que será acompanhada por uma orquestra de câmara formada por músicos da Fundação Carlos Gomes e da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, além de solistas como as sopranos Dione Colares e Marianne Lima, o barítono Daniel Araújo, o cantor Walter Bandeira e Maria Antonia Jiménez.

A "Misa Cubana" foi composta por José Maria Vitier e dedicada à “Virgen de la Caridad del Cobre”, padroeira de Cuba. É uma obra escrita para Coro, Orquestra e Solistas, e em seu conjunto, esta concebida a partir da universalidade dos valores do culto mariano com a especificidade da cultura cubana. O compositor se utiliza da música sacra, assim como da tradição musical cubana, tanto "culta" como popular. Jose Maria Vitier, é pianista e compositor e possui uma extensa obra de grande originalidade, sendo um dos compositores cubanos de maior reconhecimento no mundo.

Fábio Nóvoa Ag.Pá

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Açaí faz 1 vítima de doença de Chagas a cada 4 dias na Amazônia

A cada quatro dias, em média, uma pessoa é infectada com doença de Chagas ao beber suco de açaí na Amazônia. Tem sido assim nos últimos 15 meses, quando 15 surtos da doença foram registrados no Pará, no Amazonas e no Amapá.

Neste mês, já há dois surtos notificados: um em Breves (PA) e outro em Abaetetuba (PA). Quinze pessoas foram diagnosticadas com a enfermidade. Uma morte é investigada.

Os dados, do Ministério da Saúde, evidenciam uma nova preocupação do órgão: lidar com a transmissão oral um ano após receber da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) um certificado de eliminação da transmissão pelo barbeiro "caseiro" (que vivia em colônias em buracos nas paredes de habitações precárias).

Desde junho do ano passado, 116 pessoas pegaram a doença após ingerir sucos típicos da região (principalmente açaí e bacaba -chamado de açaí branco) triturados com o barbeiro.
De acordo com o Instituto Evandro Chagas, de 1968 até 2005, foram registrados, em média, 12 casos por ano na região amazônica por via oral. Ou seja, houve aumento de 867%.
O ministério aponta ao menos três razões para essa situação: a subnotificação de casos até então, o desmatamento e as queimadas na Amazônia e a falta de cuidado e higiene no processamento artesanal da fruta.

"Houve um aumento na detecção de casos. Isso porque antes o número casos de doença de Chagas por ano era muito grande e não havia a distinção se era por transmissão vetorial [por picada], sangüínea ou oral", afirma Eduardo Hage, diretor de Vigilância Epidemiológica do ministério.

Ele diz ainda que foi implantado um sistema de vigilância específico para a região no final de 2005. "Agora, quando é feito exame de rotina para malária, também é verificada a presença de doença de Chagas."

Subnotificação

O chefe da seção de parasitologia do Instituto Evandro Chagas, Aldo Valente, concorda com a hipótese de subnotificação. "Estudos epidemiológicos dão conta que, para cada caso notificado, se tenha pelo menos 20 'silenciosos'."
Apesar disso, os dois dizem que outros fatores podem ter provocado a explosão de casos, como o desmatamento.
Todos os casos ocorreram em localidades rurais. Os surtos são limitados, já que há preparação artesanal do suco para amigos e parentes.

Doença

A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo barbeiro. Os sintomas são febre, mal-estar, dor de cabeça e nas articulações, inchaços dos olhos, do fígado e do baço e alterações cardíacas.
Outros três surtos com 21 doentes foram registrados no Nordeste do país, também por transmissão oral, em 2006.

Quaisquer esclarecimento procurar a turma de agroindústria da ETPP noturno.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

AÇAI: Governo combate o Mal de Chagas com ações integradas

O governo do Estado do Pará montou uma sala de situação emergencial entre as Secretarias de Governo (Segov), de Estado de Saúde Pública (Sespa), Agricultura (Sagri), Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADEPARÁ) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) para combater a doença de Chagas e prestar esclarecimentos sobre a associação dos riscos de contaminação oral pelo consumo de um dos alimentos preferidos pelos paraenses, o açaí.

De maneira integrada, o primeiro passo dos órgãos envolvidos foi diagnosticar a real situação da doença no Estado, acompanhar todo o processo, intensificar as ações de vigilância em saúde para depois avaliar o problema sanitário e sócio-econômico. “Estamos trabalhando há uma semana e preocupados de como a população está percebendo o problema”, disse o secretário de Governo, Claudio Puty.

No ano passado foram registrados na Sespa 86 casos da doença de Chagas e foram quatro as vítimas fatais. No período de janeiro de 2007 até agora, 57 casos foram notificados e quatro pessoas foram a óbito. “Não existem indícios de que estamos enfrentando casos fora da normalidade”, afirmou o secretário de Saúde Pública Halmélio Sobral Neto.

Os números de 2007 são semelhantes ao do ano passado, mas o Governo está engajado e trabalhando com medidas intersetorias para que os números não cresçam. Dentre as medidas, a estruturação no manejo clínico e da rede de laboratórios para o diagnóstico da doença foi frisada pelo secretário de Saúde e reforçada pelo diretor do Núcleo de Endemias da Sespa, Walter Amoras. “É necessário diagnósticar a doença o mais precocemente para se ter um tratamento mais eficaz”, disse.

Este ano, foram capacitados 103 microscopistas e até o final do ano devem ser capacitados mais 107, o que significa 30% dos profissionais do Estado. Segundo Sobral, esse número é variável e será aumentado caso seja necessário. Outra providência é a ampliação das ações de prevenção e controle da doença com a formação de uma rede hierarquizada de referência e contra-referência para o atendimento aos casos mais graves. Importante esclarecer à população que o diagnóstico clínico é feito na Unidade Básica de Saúde e o Hospital João de Barros Barreto é a referência para o tratamento das doenças endêmicas.

Durante a coletiva à imprensa, realizada na tarde desta sexta-feira (21), o secretário de Agricultura, Cássio Pereira, falou da importância do açaí para a fruticultura paraoara e da ótima pespectiva de comercialização. “A qualidade do produto e seu valor nutritivo desperta interesse do mundo inteiro”, disse.

Prova disso, é que metade do açaí produzido no Pará é exportado e para continuar assim é necessário que o monitoramento da dinâmica de preços e mercado permaneça, sem nunca esquecer de intensificar a campanha de informação à sociedade e a adoção de Boas Práticas Agrícolas e de Fabricação recomendadas pelo Programa Estadual de Quali
dade do Açaí.

AÇAI 2: RECOMENDAÇÕES

O controle da doença não depende apenas do governo do Estado e das prefeituras. A população e os produtores do fruto podem e devem ajudar. Um grande passo pode ser dado pelos produtores artesanais se deixarem os caroços do açaí de molho por 20 minutos em água com hipoclorito a 2,5%, processo conhecido como branqueamento e serve para eliminar germes e bactérias. Já para a agroindústria o recomendado é a pasteurização.

A população dever ficar atenta às condições de higiene dos pontos de açaí e denunciar quando encontrar irregularidades. A mídia mostrou o congelamento do açaí como uma maneira de matar o “barbeiro”, mas o Ministério da Saúde não recomenda essa prática, pois não há nenhum estudo que a comprove.

AÇAI 3: NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública-SESPA, Secretaria de Agricultura-SAGRI, Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará-ADEPARA, Empresa de Assistência Técnica e Extesão Rural – EMATER, Secretaria de Governo-SEGOV, nesta NOTA DE ESCLARECIMENTO, à população do Estado do Pará, presta os esclarecimentos necessários sobre a associação dos riscos de contaminação oral da Doença de Chagas pelo consumo do açaí.
1- DOS FATOS: No período de janeiro a 19 de setembro de 2007 foram registrados pela SESPA e instituições parceiras, 57 casos de Doença de Chagas Aguda (DCA), com 04 óbitos. Os casos foram registrados nos Municípios de Abaetetuba, Afuá, Ananindeua, Bagre, Belém, Breves, Cametá, Castanhal, Capitão Poço, Curralinho, Nova Esperança do Piriá, Santa Izabel do Pará, São João de Pirabas e São Miguel do Guamá.

2- DOS FUNDAMENTOS: O açaí é uma das principais fontes de alimento e renda para os paraenses. No Estado do Pará a produção do fruto alcançou em 2006 472.040 toneladas (IBGE/GSEA/LSPA), representando 95% da produção nacional, sustentando uma cadeia produtiva que envolve milhares de famílias, as quais tiram seu sustento deste segmento da fruticultura regional. No ano passado, metade da produção foi exportada para os mercados nacional e internacional.

A partir da ocorrência do surto de Doença de Chagas no Estado de Santa Catarina, no ano de 2005, veiculado pela ingestão do caldo de cana, o Ministério da Saúde e a SESPA vêm desenvolvendo ações conjuntas, com o objetivo de melhor conhecer essa nova forma de transmissão da Doença. Existem, ainda, lacunas no conhecimento sobre a contaminação de alimentos pelo Trypanosoma cruzi (agente causador da doença de Chagas) relacionada à cadeia do cultivo do açaí: colheita, distribuição, armazenamento e consumo.

As Boas Práticas Agrícolas (BPA) e Boas Práticas de Fabricação (BPF) do açaí previnem a transmissão de várias doenças. O T.cruzi é transmitido no ambiente silvestre, envolvendo reservatórios (marsupiais, roedores) e vetores (“barbeiro”), ambos habitando áreas de mata. Em relação ao meio ambiente e de acordo com o Ministério da Saúde, a modificação ou destruição da mata propicia a transmissão da doença, a partir do ciclo silvestre, pela proximidade do homem com essas áreas.

3- DAS PROVIDÊNCIAS: O Governo do Estado, por intermédio de ações intersetoriais (SESPA, SAGRI, EMATER, ADEPARA e Ministério Público Estadual), vem desenvolvendo estratégias visando analisar os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença e estabelecer recomendações técnicas sobre o consumo seguro do açaí, tais como:

* Criação de uma sala de situação emergencial, com órgãos do governo e de pesquisa, para avaliar os impactos sanitário e sócio- econômicos dos riscos de contaminação oral da doença de Chagas pelo consumo do açaí, visando melhor informar a população e os produtores. Esta comissão apresentará diagnóstico concreto e medidas que protejam a renda dos produtores rurais;

*· Elaboração em conjunto com o Ministério da Saúde do Plano de Contingência e do Manual de Diagnóstico e Manejo Clínico da Doença de Chagas Aguda;

* Estruturação da rede de laboratórios para o diagnóstico da doença;

* Capacitação até o momento de 103 profissionais microscopistas dos 210 que devem ser capacitados em 25 municípios, considerados de risco;

* Ampliação das ações de prevenção e controle da doença com a formação de uma rede hierarquizada de referência e contra-referência para o atendimento aos casos mais graves de doença de Chagas Aguda;

* O Governo do Estado está intensificando as ações de boas práticas agrícolas e boas práticas de fabricação através da capacitação de produtores, batedores e agroindústrias, como parte do Programa Estadual de Qualidade do Açaí;

* Até o momento já foram capacitados mais de 700 batedores de açaí em boas práticas de fabricação;

4- DAS RECOMENDAÇÕES: A prevenção e o controle da doença requerem ações conjuntas entre os governos do Estado e Federal, prefeituras e a população, tais como:

* Estruturação dos Sistemas Municipais de Vigilância em Saúde;

* Cadastramento de todos os estabelecimentos artesanais e agroindústrias de açaí;

* Apoio do Estado nos treinamentos de manipuladores de açaí nos municípios;

* Intensificação da capacitação de microscopistas de malária para diagnóstico de Doença de Chagas;

* Ampliação das ações de educação em saúde e mobilização da sociedade para o consumo seguro do açaí, observando as condições de higiene dos locais de preparo e a manipulação do produto. (Ag.Pá.)

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Crescimento da agroindústria no Brasil

A agroindústria é um dos principais segmentos da economia brasileira, com importância tanto no abastecimento interno como no desempenho exportador do Brasil. Uma avaliação recente estima que sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) seja de 12%, tendo pois uma posição de destaque entre os setores da economia, juntoa com a química e a petroquímica. Na década de 70, a agroindústria chegou a contribuir com 70% das vendas externas brasileiras. Atualmente, essa participação está em torno de 40%, não só pela diversificação da pauta de exportações, mas também pela tendência à queda dos preços das commodities agrícolas nos últimos 20 anos. Ainda assim, o setor cresceu e aumentou o valor das exportações em quase todos seus segmentos.


A agroindústria se articula para a frente com a indústria de embalagens e com o processamento agroindustrial (cada vez mais sofisticado) e, para trás, com a indústria de insumos (pesticidas, fertilizantes, rações, insumos veterinários) e de equipamentos para a agricultura. Numa perspectiva ampla, inclui desde setores de processamento básico (adicionando valor na secagem, no beneficiamento e na embalagem) até segmentos que envolvem o processamento de matéria-prima agrícola, mas que são costumeiramente identificados como tipicamente industriais: setor têxtil, de calçados e de papel e celulose. Estes possuem características estruturais distintas dos demais, devendo ser tratados, cada um, como cadeias próprias e com considerável grau de autonomia. A agroindústria inclui ainda a produção de energia a partir da biomassa, área em que o Brasil é líder mundial. Estima-se que na conceituação ampliada, a agroindústria represente mais de 30% da economia brasileira. E, certamente, está nela a maior parte dos setores econômicos em que o Brasil detém competitividade internacional.


Há um conjunto amplo de segmentos, com diferentes estruturas e formas de organização de mercados, que contam com a participação - e, por vezes, com a competição - de multinacionais e pequenas empresas. A essa variedade corresponde uma segmentação que pode ser identificada na forma de inserção do Brasil no mercado internacional, onde o País tem significativa participação com produtos semiprocessados, identificados como agroindústria processadora.















quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Brasil colhe maior safra da história

O último levantamento da produção nacional de grãos 2006/07 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), aponta que o Brasil vai colher a maior safra da sua história: 131,4 milhões de toneladas.

O resultado supera em 6,7% a maior produção, alcançada em 2002/03, de 123,2 milhões de toneladas. É também 7,3% maior que o da safra 2005/06, de 122,5 milhões toneladas. O anúncio foi feito hoje (04.09) pelo diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab, Sílvio Porto, que destacou as culturas de milho e soja como responsáveis pelo bom desempenho. Porto destaca também que o crescimento foi impulsionado pelo clima favorável durante a safra de verão e pelo melhoramento tecnológico nas lavouras.

Produção - A pesquisa da Conab revela um aumento de 0,2% na produção total de grãos comparado ao último levantamento em função, basicamente, de ajustes na produtividade do milho, segunda safra, em fase final de colheita. A produção total, por cultura, em relação ao ciclo anterior, ficou assim: milho 51,1 milhões t (+20,1%), soja 58,4 milhões t (+6,1%) e algodão em caroço 3,9 milhões t (+ 43,5%). As exceções são o feijão (1ª, 2ª e 3ª safras) com 3,3 milhões t (-3,9%), arroz 11,3 milhões t (-3,5%) e as culturas de inverno, como trigo, com 2,2 milhões t (-54,2%). O milho, com 4,5 milhões t na primeira safra, teve o aumento mais significativo de produção em relação à safra anterior.

Isso se deu em função do aumento de área e recuperação de produtividade. Já a safrinha de inverno foi de 4 milhões de toneladas (37,4%), devido à expansão de área estimulada pelo mercado. A soja, apesar da redução de área, registrou incremento de 16,7% na produtividade, em virtude do clima e de condição tecnológica, resultando num aumento de produção de 3,3 milhões de toneladas (6,1%). O trigo, safra 2007/08, está em fase inicial de colheita, com produção estimada em 3,8 milhões de toneladas.

Os técnicos confirmam retomada de área e recuperação de produtividade em relação à safra anterior. Área - Comparado à safra 2005/06, houve redução de 3,6% na área total cultivada, que caiu de 47,9 para 46,2 milhões de hectares. A queda atingiu mais a soja (de 22,7 para 20,7 milhões ha), o trigo (de 2,4 para 1,8 milhão ha) e o feijão segunda safra (de 4,2 para 4,1 milhões ha). Em contrapartida, cresceu o cultivo de milho (12,9 para 13,9 milhões de hectares) e de algodão (0,9 para 1,1 milhão ha).

Estoque final – De acordo com o balanço de oferta e demanda, os estoques de passagem fecharam em 389,5 mil t de algodão, 7,7 milhões t de milho, 453,4 mil t de feijão, 2,1 milhões t de soja e 405,7 mil t de arroz. Safra 2007/08 - O aumento na venda de fertilizantes confirma previsão de crescimento para a próxima safra.

Já foram comercializadas 21 milhões de toneladas de fertilizantes, o que mostra que o agricultor está investindo mais em tecnologia. Um dos fatores que tem estimulado a compra de adubos é a remuneração que os produtores vêm obtendo. Os principais produtos agrícolas estão em alta.

Para o diretor da Conab, Sílvio Porto, “o cenário nacional e internacional, sobretudo em relação aos preços, é favorável ao crescimento da próxima safra, principalmente, para algodão, milho, soja e arroz, apesar deste último estar enfrentando um pouco mais de dificuldade. Nós acreditamos num crescimento de área de pelo menos 5% no ano que vem”. De 16 a 22 deste mês, técnicos da Conab voltam ao campo para realizar a 1º intenção de plantio da safra 2007/08.

Eles vão conversar com representantes de cooperativas, órgãos públicos e privados, agentes financeiros e produtores de todo o país. A divulgação será feita dia 4 de outubro. Mais informações: www.conab.gov.br (Jonas Cavalcanti e Inez De Podestà)

País terá mais 70 escolas técnicas em 2008

O Brasil ganhará, no próximo ano, 70 escolas técnicas. As obras devem começar em janeiro, quando também serão realizados os concursos, e as aulas, no segundo semestre. O Ministério da Educação vai investir R$ 750 milhões na construção de escolas, até 2010, em 150 municípios.

Todos os estados e o Distrito Federal serão contemplados na segunda fase do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Haverá ainda a destinação de mais R$ 500 milhões, por ano, para custeio e salários de professores e funcionários.

O secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco, anunciou nesta sexta-feira, 31, uma mudança, para 2008, na projeção inicial de implantação de 50 unidades a cada ano até chegar a 150 em 2010. “Identificamos 35 municípios com edificações prontas”, salientou.

Segundo Pacheco, o Ministério da Educação vai concentrar esforços para implantar 70 unidades em 2008, outras 50 em 2009 e deixar apenas 30 para 2010.

Para que isso ocorresse, os municípios apresentaram contrapartidas ao MEC, que exigiu apenas a doação do terreno. A partir daí, especialistas em diversas áreas analisaram as propostas e criaram um ranking por estado para definir o cronograma de implantação. Quanto maior e mais qualificadas as contrapartidas, mais rapidamente o município vai receber a nova unidade.

A partir de segunda-feira, dia 3 de setembro, as prefeituras terão 120 dias para discutir as áreas nas quais serão oferecidos cursos e concretizar as propostas. Em 31 de dezembro, será encerrado o prazo para que as contrapartidas dos municípios sejam apresentadas aos centros federais de educação profissional e tecnológica (Cefets), aos quais caberá a implantação das escolas. A medida vai favorecer o controle da aplicação dos recursos pelo MEC e dinamizar a entrada em operação das unidades.

Fortalecimento — A expansão da rede está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O ministro da Educação, Fernando Haddad, considera a criação das 150 escolas até 2010 uma das ações estratégicas mais importantes do plano. “Vamos construir pelo menos um instituto federal de educação, ciência e tecnologia por estado. Uma das missões é fortalecer a educação pública no País, sobretudo no que diz respeito ao ensino médio”, afirmou. “Sem o apoio da rede federal, o ensino médio não vai se estruturar adequadamente.”

O ministro lembrou da importância dessas escolas para o desenvolvimento e o crescimento das regiões beneficiadas. “A participação da comunidade na definição dos cursos é oportuna porque ela vai indicar para os futuros institutos federais quais as áreas de maior sinergia com o desenvolvimento local”, afirmou.

O MEC pretende fortalecer o vínculo de cada unidade com sua região. “Com a fixação dos jovens nessas regiões, não será necessário que eles migrem para os grandes centros em busca de oportunidades educacionais”, destacou o ministro. Ao final de 2010, haverá 500 mil vagas e 354 escolas técnicas no Brasil.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Brasil produz 131,4 milhões de toneladas de grãos, a maior safra da história, estima Conab

O Brasil aumentou em 7,3% a colheita de grãos entre 2006 e 2007 na comparação ao ciclo de 2005 e 2006. Isso equivale a 8,9 milhões de toneladas de grãos como milho e soja produzidos a mais no país.
Ao todo, foram colhidas 131,4 milhões de toneladas na maior safra da história do país. O número supera em 6,7% o maior resultado até então alcançado - no ciclo 2002/2003, quando a produção chegou a 123,2 milhões de toneladas.
Os dados fazem parte da 12ª e última estimativa da produção nacional divulgada hoje (4) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O relatório aponta que o crescimento deveu-se ao clima favorável nas lavouras durante a safra do verão e ao desenvolvimento tecnológico de equipamentos.
A produção de milho aumentou em 51,1 milhões de toneladas (20,1%); a de soja, em 58,4 milhões de toneladas (6,1%). A exceção foi a produção de feijão, que teve uma queda de 3,3 milhões de toneladas (-3,9%) e de trigo, com queda de 2,2 milhões de toneladas (-54,2%).
Ainda em relação ao período 2005-2006, houve redução de 3,6% na área total plantada, que passou de de 47,9 milhões de hectares para 46,2 milhões hectares.
As culturas mais atingidas forma a da soja (22,7 milhões para 20,7 milhões hectares), do trigo (2,4 milhões para 1,8 milhão hectares) e a do feijão (4,2 milhões para 4,1 milhões hectares).
Em contrapartida cresceram as de milho (2,9 milhões para 13,9 milhões de hectares) e de algodão (0,9 milhão para 1,1 milhão hectares).
Para atualizar os números, os técnicos da Conab mantiveram contato no período de 20 a 24 de agosto com representantes de cooperativas, órgãos públicos e privados, agentes financeiros e produtores de todo o país.